fotos: Daniela Paoliello/MAR

Lugar de escuta. Graziela Kunsch e Daniel Guimarães, 2018

com Daniel Guimarães

exposição Arte democracia utopia – Quem não luta tá morto, com curadoria de Moacir dos Anjos, no MAR – Museu de Arte do Rio

Para que diferentes lugares de fala sejam respeitados, é fundamental que exista escuta. É na escuta que a fala é validada, para a própria pessoa enunciadora. Uma comunidade pode se transformar ao, através de um processo de fala e de escuta, nomear e elaborar elementos até então silenciados sobre sua história, sua forma de existir e se relacionar. Nesse processo, que é ao mesmo tempo coletivo e individual, novos conteúdos sobre a própria comunidade podem emergir – ou ser imaginados.

Esta roda de cadeiras montada no espaço expositivo permaneceu vazia em alguns momentos e, em outros, foi usada por mediadoras e mediadores da Escola do Olhar junto a grupos escolares, da maneira que fez sentido nas práticas de escuta e mediação já em andamento no museu. Após o workshop “Experimentação de uma clínica pública no Rio de Janeiro”, realizado em setembro de 2018, o grupo Escutadores, formado a partir do workshop, passou a realizar sessões grupais no Lugar de escuta todas as terças-feiras, dia de visitação gratuita ao museu, até o final de março de 2019, data de encerramento da exposição. As sessões grupais seguiram acontecendo, para além do museu, em contextos específicos do Rio como Ocupação Chiquinha Gonzaga e Lanchonete Lanchonete.

Após o término da exposição as cadeiras foram doadas para a Escola do Por Vir, localizada na Gamboa/Pequena África.