De manhã:
a) Fala inicial sobre a situação atual do assentamento Ireno Alves dos Santos e sobre o projeto do Núcleo Urbano na antiga vila barrageira por um dos coordenadores do movimento;
b) Apresentação do resultado das discussões sobre Produção, Gestão e Vida coletiva, realizadas no primeiro Seminário (sistematizadas no relatório já apresentado), com relato dos assentados que haviam participado daqueles debates;
c) Exibição de slides pela USINA do seu trabalho em São Paulo de produção de habitação junto aos movimentos de moradia e em seguida, slides do seminário realizado na vila barrageira e imagens de como ela era anteriormente. Neste ponto eram convocadas pessoas a avaliar o seminário e a história de transformação da vila;
d) Os participantes dos seminários (de 60 a 150) eram divididos em três rodas de debate, das quais participavam uma liderança local e um assessor técnico da USINA. As perguntas que orientavam o debate eram:
– histórico e nome da comunidade
– o que já avançou?
– o que falta avançar? (surgindo daí propostas)
Trecho de relatório dos seminários das comunidades do Assentamento Ireno Alves dos Santos – MST
Em junho de 2008, no contexto da minha pesquisa de mestrado (Projeto Mutirão, ECA-USP), perguntei ao arquiteto Pedro Arantes, membro da USINA, se ele poderia me apresentar algum projeto desta assessoria que só houvesse existido como projeto. Isto é, que não tivesse sido realizado, ou talvez não em sua totalidade. Pedro me concedeu um depoimento de uma hora e trinta minutos, transcrito a seguir, sobre uma experiência desenvolvida junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) entre os anos 1998 e 2002, no interior do Paraná. Para minha surpresa, não se tratava de um projeto de edificações, mas de um projeto de cidade. Esta história inspirou o projeto editorial da revista Urbânia 4. (mais…)