– contém spoilers –

Há um momento crucial no final de Orestes (Rodrigo Siqueira, 2015), que, no entanto, é tão somente uma tela preta. Nesse momento, de ausência de imagem, o filme sai da tela e implica toda a sala de cinema nele. O filme nos convoca, espectadores, a tomar partido no julgamento de um homicídio que nunca aconteceu, a não ser como história ficcional. E deliberar sobre esse assassinato hipotético significa nos posicionarmos sobre uma série de outros assassinatos; estes reais e impunes[1]. (mais…)