com Ana Letícia Fialho. Entrevista originalmente publicada na revista Trópico, seção Em obras.
O crítico de arte e curador dinamarquês Simon Sheikh (1965) esteve em São Paulo durante um mês, numa viagem de pesquisa de um grupo da The Royal Danish Academy of Fine Arts. Nesse período, ele pode visitar várias vezes a 29ª Bienal de São Paulo e examiná-la com muita atenção. Sheikh também desenvolve atualmente uma pesquisa sobre exposições de arte e imaginários políticos na Universidade de Lund, é orientador do projeto “Former West” e curador da exposição “Vectors of the possible” (na BAK, em Utrecht). Além disso, ele é editor da série de livros “OE Critical Readers”, na qual se destaca a obra “In the Place of the Public Sphere?” (2005). A fim de conhecer as reflexões de Sheikh sobre a Bienal, Trópico o entrevistou, estruturando as questões a partir dos tópicos arte e política, criticalidade, contexto e historicização, mediação e da noção de exposições de arte como “espaços de esperança”, tese defendida por ele. Segundo o curador, para que as bienais sejam lugares de esperança, e não somente do capital, elas precisam “estar mais ancoradas em seus contextos e comunidades e menos nas estruturas de poder e interesses econômicos do mundo internacional das artes”. (mais…)